segunda-feira, 28 de setembro de 2020

MODALIDADES DE APRENDIZAGEM

A psicopedagogia parte da história pessoal do sujeito, procurando identificar sua modalidade de aprendizagem e compreender a mensagem de outros sujeitos envolvidos nesse processo, seja a família ou a escola. A modalidade de aprendizagem em um paciente com problemas para aprender, costuma ser sintomática, e por isso este sujeito tem dificuldade em aprender, mas por outro lado, também, algo lhe permite e permitiu aprender. Muitas vezes, na aprendizagem, o sujeito acredita que dispõe somente daquilo que sempre usa e não procura buscar ou encontrar o que também tem, mas que há muito tempo não utiliza. Diferenciamos “modalidade de aprendizagem” de “modalidade de inteligência”. A aprendizagem é um processo em que intervém a inteligência, o corpo, o desejo, o organismo, articulados em um determinado equilíbrio; mas a estrutura intelectual tende também a um equilíbrio para estruturar a realidade e sistematizá-las através de dois movimentos que Piaget definiu como invariantes: assimilação e acomodação. (FERNDÉZ, 1991, apud ARAGÃO, 2010, p. 24). A assimilação refere-se ao movimento do processo de adaptação no qual os elementos do ambiente alteram-se para poderem ser incorporados à estrutura do organismo. E a acomodação é o movimento do processo de adaptação pelo qual o organismo é que se altera. Dessa forma, pela assimilação o sujeito transforma a realidade para integrá-las a seus esquemas de ação e pela acomodação transforma e coordena seus próprios esquemas para adequar-se à realidade do objeto a conhecer. (FERNÁNDEZ, 2001, apud ARAGÃO, 2010, p. 24). Para que haja uma aprendizagem, precisa-se ter uma modalidade de aprendizagem na qual se produza um equilíbrio entre os movimentos assimilativos e acomodativos. Observa-se a constituição de diferentes modalidades nos processos representativos cujos extremos podem descreverse como: hipoassimilação-hiperacomodação, hipoacomodação- hiperassimilação Nos problemas de aprendizagem sintoma encontra-se na maioria a modalidade heperassimilativa/hipoacomodativa, mas também existem sintomas que se estruturam de uma modalidade hiperacomodativa/hipoassimilativa. O problema de aprendizagem sintoma instala-se sobre uma modalidade existente, modalidade esta que o sujeito construiu desde o nascimento, na qual intervêm significações ainda anteriores a ele mesmo. O sintoma surge da modalidade prévia, mas ele vai se modificando, estereotipando e enrijecendo.

sábado, 12 de setembro de 2020

SÍNTESE DO LIVRO EM PDF - A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DA PRÁTICA" NÁDIA A. BOSSA

A autora inicialmente concorda com Lino de Macedo (1992) sobre o termo "Psicopedagogia", que nos remete a discussão sobre não apenas uma aplicação da Psicopedagogia a Pedagogia, conforme definição, para o termo foi inventado demonstrando a importância do conhecimento científico de ser meio, instrumento para o outro. Nesse sentido a definição nos dicionários divergem da dos autores, que enfatizam o caráter interdisciplinar.A interdiciplinaridade é criar algo novo que não pertence a ninguém. Historicamente a Psicopedagogia surgiu na fronteira entre a Pedagogia e a Psicologia, a partir das necessidades de crianças com "disturbios de apredizagem", consideradas inaptas dentro do sistema educacional convencional.No momento atual, a luz de pesquisas psicopedagógicas, que vem se desenvolvendo segundo Sonia Moojen Kiguel(1991), abrangendo não só a Psicologia e a Pedagogia, como áreas de Antropologia, Linguística, Sociologia, Epistemologia.Kiguel aventa outra possibilidade do surgimento da Psicopedagogia ao mencionar as tentativas de explicação para o fracasso escolar. Segundo alguns Psicopedagogos brasileiros o objeto de estudo da Psicopedagogia como para Kiguel o objeto central de estudo da Psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana, seus padrões evolutivos normais e patológicos bem como a influência do meio(família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento.De acrodo com Neves a Psicopedagogia estuda o ato de aprender e de ensinar, levando sempre em conta as realidades internas e externas da aprendizagem tomada em conjunto.Procurando estudar a construção do conhecimento em toda sua complexidade, colocando em pé de igualdade os aspectos:cognitivos, afetivos e sociais implícitos no processo de intervenção psicopedagógica. Como se preocupa com o problema de aprendizagem deve preocupar-se inicialmente com o processo de aprendizagem.Portanto vemos que a Psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende?Como esta aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores?Como se produzem as alterações na aprendizagem?Como reconhêce-las,tratá-las e previni-las?Objeto de estudo que é o sujeito a ser estudado por outro sujeito. O trabalho clínico se dá na relação do sujeito com sua história pessoal e a busca pelo seu não aprender; nesse processo onde investigador e objeto sujeito de estudo interagem constantemente e nessa modalidade de trabalho deve o profissional compreender:O que o sujeito aprende? Como aprende e Por quê?No trabalho preventivo a instituição enquanto espaço físico e psíquico da aprendizagem é o objeto de estudo da psicopedagogia uma vez que são analisados os processos didáticos- metodológicos e a dinâmica institucional que interfere no processo de aprendizagem. As teorias que embasam o trabalho psicopedagógico dos autores brasileiros como:Neves, Kiguel, Scoz, Golbert, Rubistein, Weiss, Barone e outros assim como os argentinos: Fernàndez,Paín, Visca e MÛller são unânimes quanto a necessidade de conhecimentos de diversas áreas articulados que fundamentam a constituição de uma teoria Psicopedagógica. Houve um tempo que o trabalho psicopedagógico priorizava a reeducação, o processo de aprendizagem era avaliado em função dos seus defícits; posteriormente a Psicopedagogia adotou a noção de "não aprendizagem" de outra maneira.O "não aprender" é tido como carregado de significado e não se opõe a aprender.As contribuições em especial a Psicanálise e da Psicopedagogia Genética essa nova concepção leva em conta a singularidade do indivíduo ou grupo, o sentido particular de suas características ou alterações segundo as circunstâncias de sua própria história e de seu mundo sociocultural O trabalho Psicopedagógico pode ser preventivo e clínico e também teórico quando reflete a práxis.No trabalho preventivo temos diferentes níveis de prevenção.O primeiro nível o psocopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir os problemas de aprendizagens incidindo nas questões didático- metodológicas na formação e orientação dos professores e aconselhamentos aos pais e responsáveis pelo aprendente;o segundo nível e trabalhar os problemas de aprendizagem já instalados elaborando um plano de intervenção baseados nos diagnósticos, avaliando os currículos com os professores para que cessem os transtornos.O terceiro nível é eliminar os transtornos instalados.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

DESENVOLVIMENTO

O ARTIGO OBJETIVO GERAL:ENSINAR INGLÊS ATRAVÉS DA MÙSICA OBJETIVOS ESPECÍFICOS:INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICAA ATRAVÉS DE UMA VIDA SAUDÁVEL, ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PRÁTICA DE ALONGAMENTO, AULAS DE DANÇA E EXERCÍCIOS CRIADOS PARA UMA VIDA SAUDÁVEL "A psicopedagogia, muitas vezes, é vista numa direção por meio da qual somente são contemplados crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem porque a psicopedagogia não está somente direcionada a crianças e adolescentes. Ela está direcionada também a idosos e estende sua ação para a clínica, na busca do tratamento das dificuldades de aprendizagem. Segundo porque ela não está somente dirigida a pessoas com dificuldades de aprendizagem, mas também ao processo de aprendizagem com todas as suas nuances; A idéia de que a psicopedagogia só trabalha com crianças com dificuldades de aprendizagem é oriunda de um conceito implícito em muitos de nós, consequência da própria origem da psicopedagogia, a qual esteve sempre atrelada à criança e às suas dificuldades de aprendizagem. Posteriormente a ação psicopedagógica foi se incorporando ao atendimento a adolescentes e, enfim, ao adulto e ao idoso. Quando a psicopedagogia destina-se ao idoso, observa-se com mais clareza que a aprendizagem não acontece somente nas escolas, quando se trabalham conteúdos, teorias, quando se tem um rendimento de aprendizagem a considerar, uma avaliação a fazer, um juízo de valor a elaborar. Em verdade, aprendemos sempre, a cada dia, a cada instante, a vida toda. Não existe lugar, tempo ou idade para se aprender. "Em todas as idades, em toda esfera social, nós aprendemos"1. Aprendemos desde que nascemos. Segundo Visca 2; em seu esquema evolutivo da aprendizagem, esta começa a se manifestar desde as primeiras relações vinculares entre a mãe e a criança e vai se estendendo pela família, pela comunidade, pela escola até a vida adulta e continua existindo sempre. Assim sendo, por considerarmos a aprendizagem como um constante "vir a ser", sabemos da importância e da necessidade de irmos em busca de respaldo teórico, prático nos meandros da psicopedagogia, para melhor compreendermos a complexidade que é o processo de aprendizagem. Esse nível de complexidade que a aprendizagem traz consigo provoca em cada um de nós grandes desafios, seja numa ação direcionada à criança e ao adolescente ou numa ação direcionada ao idoso. O estudo de caso com idoso, que iremos apresentar, nos trouxe experiências muito ricas e singulares. Se pensamos que trabalhar com a criança e o adolescente em psicopedagogia é uma coisa singular pela própria natureza do trabalho e do sujeito que atendemos, imaginem trabalhar com o idoso. A nossa literatura nessa área ainda está em expansão e não é muito comum atender idoso com dificuldades de aprendizagem nos consultórios psicopedagógicos. Pelo desejo de sempre desbravar o novo, o que está por vir, nos dedicamos ao estudo do idoso e a sua relação com a psicopedagogia ou ao estudo da psicopedagogia e a sua relação com o idoso. São diferentes situações em se considerando a posição ocupada, pelo enfoque, predominância, importância que se queira dar as duas conjuntamente, ou a cada uma delas. Contudo, não importa por onde começar. O que importa mesmo é o pesquisar, o debruçar-se sobre essa questão tão interessante, instigante e poder extrair dela novas fontes de conhecimento.