segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Talento e criatividade

Contadora de História. Para facilitar a contação digito uma recontagem do Livro Histórias á Brasileira de Ana Maria Machado_emprestada por minha amiga e contadora de histórias Rosane Bastos. A Festa no Céu HÁ MUITOS E MUITOS ANOS no tempo que os bichos falavam, teve um dia em que de repente começou a correr a notícia pela floresta: _Vai ter uma festa enorme!Uma festa ótima! Foi a maior animação.Tudo o que era bicho queria ir.Mas quando eles se encontraram, perto do rio,na hora de beber água, viram que a festa não era para todo mundo. Quando o macaco, o veado, a cotia,a capivara, o jabuti e um porção de outros bichos estavam reunidos conversando sobre a festa,aconteceu que o bem-te-vi, que voa bem alto,foi explicando: _Vocês não vão poder ir. _Por quê? _É que a festa vai ser no céu,e bicho que não sabe voar não pode ir... Como é que vai chegar lá? Todos ficaram com pena. _ Sujeira de são Pedro..._comentou caxinguelê. _A gente vive aqui sem nada para se distrair, e quando eles fazem uma festa, não é para todo mundo... _ Também não faço nenhuma questão de ir..._disse a anta._Deve ser muito frio, com muito vento. _ Pois eu faço_disse o macaco._ E vou pro alto da árvore mais alta da floresta ver se consigo pular até uma nuvem.Acho que festa vai ser ótima! O jabuti também achava que ia ser ótima. E ficou pensando que jeito podia dar para ir. Nos dias que faltavam para a festa,só se falava nisso na floresta: _ Dizem que vai ter um monte de comida gostosa.Bolo, brigadeiro, sanduíche ... _ E vai estar cheio de coisas deliciosas para beber.Laranjada, guaraná, chocolate gelado, suco de fruta... _ Ouvir dizer que os anjinhos já estão enfeitando tudo. Vai ficar uma beleza... _ Vai ter mágico, teatrinho, dança...E muita música, que quase todos os convidados são músicos e vão tocar e cantar. Era mesmo. Cada passarinho tratava de ir treinando e ensaiando a can- toria.E quem não cantava, ia levar um instrumento. Até o urubu, que tinha uma voz horrorosa, se animou: _Vou levar minha viola. E implicava com os bichos de pele e pêlo que não podiam voar: _ Que pena que vocês são inferiores...Não podem ir.Quem sabe um dia eles não fazem uma festa no inferno?Aí é só cavar um bom buraco e vocês vão...Ha ha ha... Além das gargalhadas e da implicância, os bichos ainda tinham que aturar a viola desafinada e a voz horrorosa do urubu: _Vou pegar minha viola e contente eu vou cantar... Pra vocês eu nem dou bola até a festa se acabar. Mas, daí a uns dias, o jabuti estava na beira do rio e viu uma garça sua amiga: _Comadre Garça,posso te pedir um favor? _Pois não,Comadre Jabuti. _Será que a senhora podia me levar à festa no céu? _Levar a festa? _Mas como? _Não sei.Nas costas ou no bico...É que eu queria tanto ir... A garça olhou bem para ele e ficou com pena.Afinal, ela morava em qualquer lugar, onde quisesse.Costumava voar no alto do céu, com uma vista linda.Quando cansava, escolhia uma paisagem mais bonita para pousar, sem- pre perto de uma lagoa ou de um rio cheio de peixes e com árvores nas mar- gens.E o coitado do jabuti só ficava no chão, se arrastando junto da terra, carregando a casa nas costas... _Está bem_concordou._Mas com uma condição. _Que condição?_perguntou o jabuti, todo contente. _Eu só levo,não trago.Assim se eu quiser comer e beber bastante, não tenho que ficar me preocupando com o peso da volta. E se quiser sair com os amigos para outro lado depois da festa, não preciso me desviar para levar ninguém em casa. _Está bem_disse o jabuti. E ficou combinado. No dia da festa, a garça cumpriu a promessa. E lá se foi o jabuti para a festa no céu, bem instalado nas costas macias da garça, segurando firme no pescoço dela.Vendo toda a paisagem bonita, lá de cima. Quando chegaram no céu, ele nem acreditava que pudesse haver uma festa tão boa, num lugar tão lindo. O chão era todo macio, um tapete de nuvens. As paredes eram o pôr-do-so,l, o teto era de madrugada, tudo enso- larado de luz brilhante. E o salão estava na maior animação, cheio de pássaros e insetos se divertindo muito, conversando, ouvindo música. A outra sala era o lugar da comilança. Tudo que era fruta que você puder imaginar.Folhagens delicio- sas.E potes de mel.E sorvetes, sobremesas,doces, à vontade.Era só ir se servindo. Muito educado, o jabuti não bancou o guloso. Mas provou um pouqui- nho de cada coisa, até ficar com a barriga cheia que não cabia mais nada. Tudo supergostoso! Mais tarde, começaram as danças, eo jabuti não parou.Dançou com a amiga garça, com a arara, com a saíra, com a cambaxirra, com a andorinha, com a abelha, com a libélula. Teve uma grande quadrilha, e lá estava ele, no meio dos cavalheiros, ao lado do pica-pau, do periquito, do sanhaço, do tangará, do pardal, do tucano, do papaguaio e de tantos outros. Até do urubu. Mas o urubu não gostou nada daquilo.Começou logo a implicar: _Como é que você veio parar aqui? E saiu gritando: _Tem penetra na festa! Os outros não ligaram a mínima. Mas o jabuti ficou com vergonha e saiu do salão. Também a verdade é que estava ficando cansado.Com vontade de ir embora.E não tinha a menor idéia de como é que ia fazer para voltar para casa. Aí olhou num canto e viu os instrumentos dos músicos,que tinham ido comer. E teve uma idéia. Entrou na viola do urubu,ajeitou bem encolhido num cantinho, e pronto! Podia dormir sossegado.Quando o urubu fosse embora, levava a viola com ele dentro E era só ele esperar chegar bem firme no chão,sair dali e ir para sua toca. Mais tarde, quando a festa acabou, os músicos foram os últimos a ir embora. O ururbu pegou a viola, prendeu nas costas e lá veio voando. Mas estranhou o peso.Alguma coisa estava muito esquisita: _Será que eu comi tanto assim?Ou dancei tanto que fiquei cansa- do?Quando eu vim, estava muito fafil voar...Agora está tão difícil... Estava mesmo.Tão difícil, mas tão difícil, que ele não aguentou. Começou a reclamar,suar,cuspir...Deve até ter feito outras coisas, por que, de repente,ficou tudo tão fedorento, mas tão fedorento, que o jabu- ti acordou esperrando. Com os espirros, o urubu descobriu tudo: -Ah,então é isso,é?É você que está pesando dentro da minha viola, hein?Já vou dar um , via que a terra ia se aproximando cada vez mais.E gritava: _ Pedra sai de baixo, senão eu te esborracho! E a pedra, nada. _ Pedra sai de baixo, senão eu te esborracho! A pedra não saiu do lugar. _Pedra, sai de baixo, senão eu te esborracho! Como a pedra não saiu quem se esborrachou foi ele. E ia ter se acabado para sempre, mas deu sorte... É que Deus viu tudo e ficou com pena.Afinal, o jabuti só estava que- rendo se divertir, na sua festa. Então Deus mandou os anjos consertarem o casco dele, juntando to- dos os pedacinhos, como se fosse um quebra-cabeça. É por isso que até hoje o jabuti tem o casco todo remendado. E o urubu, de castigo, ficou fedorento para sempre. E como teve esse acidente muito chato, nunca mais Deus quis fazer festa no céu. A sorte é que os homens aprenderam a fazer na terra. />Curiosidade Os esquilos pertencem a uma grande família de mamíferos roedores de pequeno e médio porte conhecida como Sciuridae. No Brasil, são também conhecidos como serelepe, caxinguelê, caxinxe[1], quatimirim[2], quatipuru[3], agutipuru[4] ou acutipuru[5]. Os esquilos estão espalhados por quase todo o mundo, a maioria nas zonas de climas temperado ou tropical, mas também em algumas zonas de clima frio. Como todos os roedores, possui presas fortíssimas, com que roem sementes com facilidade, principalmente bolotas

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